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Cães de busca e resgate do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina fazem exames na Udesc Lages

Dez cães de busca e resgate do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que atuam em todo o Estado, estão passando por uma série de exames nesta quinta, 4, e sexta-feira, 5, no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages.Eles estão sendo atendidos pela equipe do Hospital de Clínica Veterinária (HCV), que realizará exames físicos, de sangue, de raio-X, eletrocardiograma e ultrassonografia. “Mobilizamos mais de 20 profissionais, entre professores, residentes, estagiários e técnicos”, conta a diretora do Hospital, Leticia Yonezawa. O procedimento é feito com todos os cães da corporação, anualmente, com o objetivo de verificar as condições de saúde dos animais e atestar que estejam aptos para continuar trabalhando. Em 2017, eles já haviam sido atendidos pelo HCV. “A parceria com a Udesc é muito importante porque são exames laudados por médicos veterinários especializados. Isso nos traz uma segurança muito grande na parte preventiva”, fala a soldado Andreza Moraes, médica veterinária que atua na parte de saúde animal da atividade de cães de busca e resgate do Corpo de Bombeiros.Dos dez animais atendidos, oito ainda estão ativos e dois já estão aposentados. Entre eles, seis atuaram junto com seus condutores no resgate de vítimas da tragédia de Brumadinho-MG, ocorrida em janeiro.Por terem entrado em contato direto com metais tóxicos durante as buscas, os animais são submetidos a exames de sangue mensais, realizados por um médico veterinário designado pela própria mineradora Vale. “Eles tem um controle rigoroso para verificar se os níveis de metais estão diminuindo”, conta a soldado.

O trabalho de busca e resgate

Os cães usados pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina são da raça Labrador e começam a ser treinados desde muito cedo, por volta dos 45 dias de vida. Junto com o bombeiro condutor, eles formam uma equipe, que a corporação chama de binômio, e atuam sempre juntos. O CBMSC não possui canil e, desde o início, o cão mora com o condutor.O treinamento de um cão de busca e resgate leva cerca de um ano e meio. Depois disso, é preciso obter uma certificação para que ele possa atuar. Em geral, os cães atuam até os oito anos de vida, quando estão com a saúde em dia. Depois, são direcionados para outras atividades de interação assistida por animais.

Primeiro cão guarda-vidas do País
Entre os atendidos no HCV, nesta quinta-feira, 4, está Ice, o primeiro cão guarda-vidas do País. Treinado para prestar socorro a vítimas de afogamento, Ice atuou durante três temporadas na praia de Cabeçudas, em Itajaí.Aos nove anos, está aposentado e, agora, atua na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itajaí, em atividades de interação assistida por animais. Junto com o condutor, o Sargento Evandro Amorim, Ice participou de mais de cem ocorrências.Durante os exames, ele foi acompanhado pelo filho do sargento, o soldado Thiago Amorim. “É um privilégio estar com ele. Acompanhei de perto todo o treinamento dele. Temos um vínculo muito forte. Ele faz parte da família”.

Jornalista Tatiane da Silva/ Udesc Lages/Para Noticianoato

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