Notícia no Ato

ONG de proteção de animais pede socorro

A ONG Focinhos Mágicos, em Correia Pinto, passa por uma situação difícil e pede ajuda para continuar cuidando cães abandonados e vítimas de maus tratos. Apesar de seus esforços, a entidade, sozinha, não está dando conta de atender a demanda crescente de animais abandonados. A falta de apoio do poder público, aliada as dificuldades financeiras, agrava a situação.

Segundo presidente da ONG, Nilmara Endres, a entidade faz um apelo para que a prefeitura crie uma lei de proteção animal, visando coibir casos de agressão, maus tratos e abandono em Correia Pinto. Pela proposta, caberia à Secretaria Municipal de Meio Ambiente executar a fiscalização, com multas aos agressores. “Precisamos urgentemente de uma lei de maus tratos e abandono de animais”, apela Nilmara.

De acordo com ela, um projeto de lei neste sentido se arrasta desde a gestão passada, entretanto, até agora, a proposta não saiu do papel. O projeto, diz a presidente da ONG, está com o atual vice-prefeito, Josmar da Silva. Vale ressaltar que a questão de animais abandonados é responsabilidade do município. “A lei está pronta para ser mandada à Câmara de Vereadores, já tivemos reuniões e conversa com vereadores, mas até agora nada saiu do papel”, lamenta Nilmara.

A população de cães de rua só aumenta em Correia Pinto. Nilmara ressalta que tem sido comum casos de maus tratos, com animais sendo atropelados e precisando ser resgatados pela ONG. Só na residência dela, há 14 animais que foram retirados das ruas. “Estamos sobrecarregados e pedindo socorro, pois não estamos mais dando conta da demanda. Precisamos de apoio e de uma lei urgentemente”, apela.

Ela afirma que está sendo cada vez mais difícil dar conta de cuidar dos cães abandonados. As chamadas de celulares, para resgatar animais, não param. Além de uma lei municipal para punir os agressores, a ONG pede apoio financeiro. Ela precisa, por exemplo, de um veterinário. Atualmente, conta com o suporte de um veterinário da Prefeitura, mas o profissional tem outras demandas e não consegue atender todas as necessidades da entidade.

A ONG Focinhos Mágicos vive de doações e vaquinhas. O único recurso público recebido pela entidade recentemente, o que é insuficiente, foi viabilizado pelo deputado estadual Marcius Machado, através de emenda. “Corremos atrás de emendas, mas é muito pouco. Precisamos de uma lei municipal, uma lei para termos cães chipados, com ou sem tutor, para diminuirmos, dessa maneira, o abandono e maus tratos”, finaliza.

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