Notícia no Ato

Tribunal do Júri é apresentado a estudantes de Lages e São José do Cerrito

Desta vez o silêncio na plateia não foi por conta de um julgamento no tribunal do júri. Os olhares e ouvidos de cerca de 50 alunos do Caic Nossa Senhora dos Prazeres, de Lages, e Escola Itinerante Sempre Aprender, de São José do Cerrito, estiveram atentos ao que o juiz Alexandre Takaschima falava durante uma visita ao Fórum Nereu Ramos, nesta quarta-feira (19). A atividade foi organizada pelo Instituto Paternidade Responsável e as secretarias de Educação dos municípios. A maioria nunca havia estado no espaço onde ocorrem os julgamentos de réus acusados de crime contra a vida e tem a participação da sociedade civil, o chamado júri popular. As cenas retratadas em novelas e filmes ganharam uma nova compreensão, longe da ficção que grande parte da população conhece.Cada detalhe de um julgamento foi explicado pelo juiz Takaschima, que atua na 2ª Vara Criminal, com atendimento de casos relacionados à família. Uma das curiosidades dos estudantes foi saber como os jurados são escolhidos. Além disso, quiseram conhecer como é a formação de um juiz.

Com uma mensagem de incentivo à educação, Takaschima surpreendeu ao contar sua trajetória. Ele disse que foi reprovado no ensino médio e na adolescência tentou ser  músico. A carreira no direito só veio depois que os pais o estimularam a continuar os estudos. A declaração de que parou de contar os livros que leu quando chegou aos três mil surpreendeu todo mundo.

Para a aluna Amanda Corrêa, de 18 anos, moradora da localidade de Passo Teodoro Bento, que fica a uma hora do centro de São José do Cerrito, valeu a pena acordar às 5h para participar da atividade. “ Saio daqui contente porque não tinha ideia do quanto seria bacana. A fala do juiz foi muito positiva e nos fez refletir”.  Ela compreendeu um pouco mais sobre o que é ética, relações igualitárias e uma sociedade mais pacífica.

Aproximação com a comunidade

Esse tipo de atividade ainda é tímida, mas a proposta é que a sociedade compreenda cada vez mais a dinâmica de atuação do judiciário na região. Para o juiz Takaschima, a conexão entre o  Fórum e a educação precisa ser cada mais forte. “ Precisamos conviver não apenas na teoria, mas na prática. Temos que quebrar essas barreiras e fazer deste realmente um espaço público”.

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