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Neste Dia Internacional do Idoso, Lages se prepara para cuidar de seus 18 mil senhores e senhoras

Prevenção de doenças para garantir a longevidade, pois todos querem viver longos anos, mas com qualidade

Em torno de 11,5% da população total de Lages, cerca de 160 mil habitantes, são compostos por homens e mulheres com idade a partir dos 60 anos, são 18 mil idosos. Lages, conforme o sistema Gemus (Gestão Municipal de Saúde), registra 13 idosos centenários, a terem seus modos de vida mapeados pelas secretarias da Saúde e da Assistência Social e Habitação. A principal preocupação de prefeituras, secretarias de Estado e municipal da Saúde, Ministério da Saúde (MS), entidades filantrópicas de saúde, esporte e lazer, e famílias, entrelaçados a este público, é com a qualidade de vida e bem estar ao envelhecer.

E para discutir o assunto, o Seminário Municipal de Prevenção de Quedas de Idosos, foi realizado ao longo da tarde desta segunda-feira (1º de outubro), no Teatro do Serviço Social do Comércio (Sesc). O evento acontece no Dia Internacional do Idoso, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e para celebrar a data o Conselho Municipal do Idoso (Comid) organizou diversas atividades em outubro, junto ao Serviço Social do Comércio (Sesc), Associação dos Aposentados e Pensionistas de Lages (AAPL) e Fundação Cultural de Lages (FCL), com parceria do Mesa Brasil Sesc, Polícia Militar (PM) e Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac). A programação completa do Mês do Idoso está na galeria de imagens desta matéria.

O prefeito Antonio Ceron esteve presente e compôs a mesa de autoridades, ao lado do vice Juliano Polese, da diretora de Atenção Básica da Secretaria da Saúde, Francine Formiga; gestora de parcerias da Secretaria da Assistência Social e Habitação, Cláudia Geremia; coordenadora municipal do Programa Saúde do Idoso e vice-presidente do Comid, Franciele Spolti Lorenzetti Miguel; presidente do Conselho Municipal do Idoso, Zilda Furlan, e o gerente do Sesc, Cláudio Renato de Souza. A plateia, formada por idosos atendidos pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e pelas atividades do próprio Sesc, acompanhou primeiramente a apresentação de chula e boleadeiras, do artista Mário Arruda, do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Barbicacho Colorado.

O prefeito Antonio Ceron raciocina que, “há 20 anos, a expectativa de vida era bem menor. Hoje em dia a realidade é bem diferente. Temos de pensar e agir com projetos e programas de qualidade do envelhecimento com saúde e tranquilidade. E cuidar das crianças agora para que cheguem a terceira idade com uma vida de exercícios físicos, lucidez, alegria e revigorados é uma das nossas premissas. São mais de 16 mil alunos na educação infantil e fundamental. Quando crescerem poderão disputar as oportunidades em igualdade.” E ainda acrescenta: “Outra questão. No banco escolar os estudantes devem também aprimorar os ensinamentos do respeito aos idosos. Quando envelhecemos todos queremos acolhimento e sensibilidade da parte de quem pode nos atender.”

No campo das políticas e dos programas dirigidos à população idosa, o desafio é contemplar seus direitos, preferências e necessidades, para a manutenção e melhoria da sua capacidade funcional, garantindo a atenção integral a sua saúde. Embora o Ministério da Saúde compreenda o envelhecimento populacional como uma conquista e um triunfo da humanidade no século XX. “A troca de saberes para a passagem da idade de forma ativa e saudável. Em novembro deste ano teremos a Conferência Municipal do Idoso, quando serão debatidas as políticas de atenção à terceira idade”, reitera Franciele Spolti.

Apesar das progressivas limitações possíveis, os idosos devem redescobrir possibilidades de viver, o que aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social, e reconhece suas potencialidades. “O Sesc é um dos pioneiros no Brasil em trabalho social com idosos”, lembra Cláudio Souza.

O amparo a quem já amparou

O Município oferece orientações sobre direitos, grupos de educação e saúde, e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nos bairros, além do atendimento, desenvolvem-se os grupos direcionados. O Programa Vida Ativa, da Assistência Social, também colabora com a energização dos idosos através dos educadores físicos.

Já o Sesc abre suas portas para oportunizar atividades sistematizadas na área de inclusão digital, interatividade, memória, raciocínio lógico, coordenação motora, cantoria, vôlei-câmbio (adaptado), lazer, assistência e Sesc Saúde, dança e teatro. Parte dos trabalhos acontece na sede da avenida Dom Pedro II e a outra no Centro Cultural Vidal Ramos. É tudo gratuito, com carteirinha. Em torno de 150 idosos são atendidos pelo Sesc.

Queda, a vilã

O médico geriatra, Jonas Lehmkuhl, ministrou uma palestra. Após, o Nasf desenvolveu uma atividade. O profissional abordou causas e consequências da queda, cuidados dentro de casa. O número de ocorrências de fratura de fêmur é expressivo. “A queda funciona como peças de dominó enfileiradas, quando impulsionadas há o efeito dominó. São casos de epidemiologia. As pessoas devem manter bons hábitos para viver muito, mas viver bem. A maior armadilha para um idoso dentro de uma residência é o tapete Outros riscos são medicamentos que levam à hipotensão postural, alimentação, instabilidade e, mulheres têm mais riscos de quedas devido a fatores hormonais e de envelhecimento”, esclarece o médico. Epidemiologia é o ramo da medicina que estuda os diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua frequência, modo de distribuição, evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção. Depois de perder determinada autonomia e contar com a ajuda de terceiros para atividades básicas de rotina. Isto pode contribuir para desencadear a depressão. Este é um dos tormentos da terceira idade.

Mais de 28 milhões de idosos no Brasil

No Brasil existem atualmente mais de 28 milhões idosos, 13% da população, que é superior a 208 milhões. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes). Em 2042, a projeção do IBGE é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%).

Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) irá superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes, de zero a 14 anos (42,3 milhões). Antes de 2050, os idosos já serão um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos. Estima-se que a população acima de 100 anos no Brasil, em 2018, chegará a 24 mil idosos.

Superior a 650 mil em Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina conta com mais de 656.910 idosos, 10,5% da população total, 6,7 milhões. No Sul do país concentra-se a maior população idosa – 14,4%. Santa Catarina é o Estado com maior expectativa de vida no Brasil para os dois sexos.

Entre as mulheres catarinenses, a expectativa de vida é ainda maior, chega a 82,4 anos, também a maior do país. O mesmo ocorre entre os homens de Santa Catarina, onde a média atinge os 75,8 anos. O envelhecimento da população catarinense será o quarto mais rápido entre as unidades da federação. É o que aponta a Projeção de População (revisão 2018), divulgada em julho deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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