Notícia no Ato

Câmara Municipal abre oficialmente a programação do Outubro Rosa em Lages

 

Como um gesto de carinho e atenção, foram distribuídas rosas para a plateia, na sua maioria mulheres, que prestigiaram a solenidade.

A Câmara de Vereadores de Lages mais uma vez abraça a campanha Outubro Rosa, que busca alertar a sociedade, especialmente o público feminino, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Quando detectado em sua fase inicial, o índice de cura é de 100%. Uma sessão especial, proposta pela vereadora Aida Hoffer (PSD), deu início no dia 3 de outubro à programação da campanha de 2018 em Lages. Diversas entidades e órgãos públicos desenvolvem ações e atividades voltadas à saúde da mulher ao longo desse mês.

“Todas as ações do Outubro Rosa buscam chamar a atenção sobre a importância da prevenção do câncer de mama através do diagnóstico precoce. Acredito que cabe ao poder público fomentar cada vez mais as políticas públicas eficazes no que diz respeito a prevenir e tratar este tipo de câncer. Agindo assim, poderemos combater a doença de modo mais abrangente, possibilitando às nossas mulheres uma vida saudável”, ressaltou a proponente da solenidade.

Com grande público presente no Plenário Nereu Ramos, a abertura teve dicas de prevenção da doença e orientações sobre os exames de rastreamento mamográfico. A solenidade contou também com depoimentos de mulheres que já enfrentaram e superam a doença. Elas deixaram suas mensagens de apoio, superação e coragem para aquelas que enfrentam a doença, o que despertou comoção e sentimento de engajamento nas pessoas pela luta na prevenção do câncer de mama.

“Penso que o Outubro Rosa não é um comércio, mas uma campanha constante de prevenção do câncer de mama. Ela deve ser levada às escolas, às instituições e a todos os lugares onde tenha gente reunida.” […] “Muitas pessoas estão passando por essa doença. É difícil, é um tratamento pesado e nós precisamos alertar as pessoas. O Outubro Rosa é um momento pra gente refletir e pensar o que podemos fazer para melhorar essa realidade.” […] “Diante de tantos depoimentos, dados estatísticos e de orientações a respeito da prevenção do câncer de mama, acho que precisamos primeiramente comemorar a vida.” Essas foram as palavras de aconchego da coordenadora do projeto “Alô, Elô”, Eloilse Oliveira, da autora do projeto Iniciativa Popular, a professora Denise Anselmo, e da empresária Luci Mickielin Boscato, mulheres que já venceram a doença.

A mesa de autoridades também contou com a presença do vice-presidente da Associação Médica da Serra e mastologista do Centro de Estudos e Assistência à Saúde da Mulher (Ceasm), Fernando Vequi Martins; da assistente social do Hospital Tereza Ramos, Aneida Mendes; da secretária municipal da Saúde, Odila Waldrich; da secretária de Política para a Mulher e Assuntos Comunitários, Marli Nacif; e do gerente da 15ª Regional de Saúde, Aloisio Alberto Piroli Silva. Também participam do evento os vereadores Luiz Marin (Progressistas), Jair Junior (PSD), João Chagas (PSC), Moisés Savian (PT) e Mauricio Batalha Machado (PPS).

14 novos casos da doença já foram registrados na rede municipal de saúde em 2018

Médico mastologista, Fernando Vequi Martins explica que, desde o ano de 2012, são 130 casos de câncer de mama registrados na rede municipal de saúde. “Sabemos que esse número é muito superior, pois muitas vezes a paciente acaba migrando para o sistema privado e perdemos esse dado estatístico, mas ele nos ajuda a mapear o perfil das pacientes, média de idade, estadiamento da doença, entre outros. Somente neste ano, já foram registrados pelo Centro de Estudos e Assistência à Saúde da Mulher (Ceasm) 14 novos casos da doença”, disse o médico.

O mastologista ainda aproveitou para alertar sobre os sintomas do câncer de mama. “O ideal é que o médico pudesse identificar a doença na fase assintomática, o ocorre em apenas 5% dos casos. O sintoma mais comum em 90% das pacientes é o aparecimento do nódulo no seio, aí um alerta importante deve ser feito, pois tanto faz se o “carocinho” for doloroso ou indolor, ambos necessitam de avaliação médica. Alterações da pele, na auréola e/ou mamilo e nódulos palpáveis são sintomas que precisam ser investigados”, alertou o especialista.

O câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres de 20 a 59 anos no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o Brasil estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama para o biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Em Santa Catarina, esse tipo de câncer é o mais frequente no público feminino. “Os médicos da Atenção Básica são orientados a seguir a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia indicando a mamografia preventiva a partir dos 40 anos e que se repita anualmente o exame até o fim da sua vida para prevenir a doença, de modo a aumentar as chances de cura”, conclui Martins.

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