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Cavalos que sofrem maus-tratos são recolhidos e encaminhados à adoção

Após o recolhimento, os animais passam por exames que vão atestar a situação da saúde deles. Até que sejam resgatados pelos proprietários, ou encontrem um novo lar, eles são abrigados no Mangueirão Municipal

Animais de pequeno ou grande porte, todos ganham atenção quando o assunto é o bem estar e qualidade de vida, por parte do setor de Proteção Animal, vinculada à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente. A vigilância é constante e, a qualquer sinal de maus tratos o setor entra em ação para encaminhá-los para que tenham um abrigo digno. Somente neste ano, cerca de 130 cavalos foram recolhidos das ruas ou retirados dos seus proprietários devido às denúncias de que estavam sendo maltratados. Destes, 20 foram encaminhados à adoção.

Seja por abandono dos animais nas ruas, ou através de denúncias feitas diretamente ao setor de Proteção Animal ou na Polícia Militar, a equipe que faz o recolhimento é acionada imediatamente para ir até o local verificar a situação. O monitoramento acontece 24h por dia, pois estes animais podem estar soltos na madrugada podendo causar até mesmo acidentes de trânsito. Assim que encontrados, são levados ao Mangueirão Municipal, localizado no final do bairro Guarujá.

O Mangueirão conta com uma área de aproximadamente 21 mil metros quadrados, com capacidade para manter 20 cavalos, um galpão com baias, onde os animais se abrigam à noite, uma cocheira adaptada para alimentação deles e pastagem. Eles são tratados com ração especial (com melaço), milho, farelo de trigo e alfafa. Dois funcionários da Secretaria do Meio Ambiente são responsáveis pelos cuidados diários.

A primeira providência após o recolhimento é levá-los até o hospital veterinário do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc) para que sejam examinados e um laudo sobre a saúde deles expedido. “Depois do parecer dos veterinários é que a gente passa a ter conhecimento da real situação deste animal e se podemos liberá-lo ou não”, afirma a assessora de governo da Proteção Animal, Aracelli Hammann. Após os exames, o animal é microchipado, onde ficará registrado o histórico com todos os dados, inclusive a data e o local onde foi encontrado e o seu dono.

Nem sempre os animais foram abandonados, em muitos casos são cavalos que escaparam do local onde estavam abrigados e ficaram perambulando pelas ruas. Nestes casos, os proprietários devem procurar a Secretaria do Meio Ambiente para resgatar o animal, mediante o pagamento de uma multa, que é cobrada em forma de alimentação para os outros que estão no mangueirão.

Caso o resgate demore mais que sete dias, os cavalos são encaminhados à adoção. “Temos uma lista de pessoas interessadas em adotar esses animais. Vamos até o local para verificar se o espaço está adequado para recebê-lo e encaminhamos a adoção, mediante um termo de responsabilidade, que deve ser assinado pelo novo proprietário”, esclarece Aracelli.

Nova condição de vida

Como são animais com um pouco mais de idade, que foram retirados de maus-tratos, os adotantes são informados sobre a nova condição de vida deles. “Eles não devem voltar para o trabalho pesado. O objetivo das adoções é para que eles tenham uma ‘aposentadoria’ digna, que seja um animal de estimação da família e que façam a alegria das crianças, que podem montá-lo e assim ter momentos de lazer”, comenta.

A maioria destes animais é de propriedade de carroceiros e trabalham no pesado. “Alguns são cadastrados no projeto Amigo do Carroceiro e cuidam muito bem dos seus animais, mas em outros casos é nítida a falta de cuidados. Para esses que maltratam os cavalos, somos rigorosos e não devolvemos, mas sim o encaminhamos para adoção. E por incrível que pareça, temos muitas pessoas interessadas em levá-los para uma chácara ou um sítio, para que possam conviver com a família”, afirma.

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