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Municípios do Oeste Catarinense pretendem aderir ao Projeto Lixo Orgânico Zero, da Udesc Lages

O Projeto Lixo Orgânico Zero, do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, em conjunto com a Prefeitura, foi apresentado em três municípios do Oeste Catarinense, na última sexta-feira, 7.

Dionísio Cerqueira, Cunha Porã e Cordilheira Alta receberam as palestras do projeto Gabinete Lixo Orgânico Zero, desenvolvido em parceria com a 1ª Vice-presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), por meio do deputado Mauro de Nadal (MDB). “Nosso foco inicial é mostrar esse projeto para que ele seja implantado nas escolas”, afirma o deputado.

O objetivo das palestras é levar aos municípios a experiência que vem sendo desenvolvida no gabinete, desde dezembro de 2019, na qual sobras de alimentos, como cascas, restos de comida, erva mate, pó de café, entre outros, são destinadas para a mini compostagem ecológica, ao invés de serem jogadas no lixo.

As palestras foram ministradas pelo idealizador do projeto, professor Germano Güttler, do Departamento de Agronomia da Udesc Lages. Segundo ele, quando o Lixo Orgânico Zero iniciou, em 2012, 50% do lixo depositado no aterro sanitário de Lages era resíduo orgânico. O percentual reduziu, ano a ano, até chegar a 31% em 2019.

A mini compostagem ecológica, além de ser benéfica para o meio ambiente, gera economia aos cofres públicos, com a diminuição de gastos com coleta de lixo e destinação ao aterro sanitário. Só em Lages, a economia anual estimada supera os R$ 2 milhões.

“Não são necessárias grandes decisões políticas para implantar esse projeto. Basta aprender como se faz, ter vontade e colocá-lo em prática, já que isso pode ser feito em casa, na escola, na indústria, em qualquer lugar”, fala o professor. Em Lages, o Lixo Orgânico Zero tem a adesão de mais de 80 instituições, dentre escolas, empresas e organizações.

Como fazer a compostagem

A mini compostagem ecológica consiste em depositar os resíduos orgânicos em canteiros, vasos, baldes ou jardineiras, em camadas de 15 a 20 centímetros de altura. Os resíduos devem ser cobertos com material orgânico de difícil decomposição, como serragem, folhas secas, grama cortada e galhos triturados. As camadas devem ser furadas para que recebam oxigênio, três vezes por semana. Não é preciso irrigar.

De 20 a 30 dias depois, é possível plantar verduras, legumes, ervas, flores, entre outros, sobre as camadas. “É algo simples, que pode ser feito por qualquer pessoa, de qualquer idade, sem nenhum investimento, sem sujeira ou mau cheiro”, explica Güttler.

Repercussão nos municípios

O reitor eleito da Udesc, Dilmar Baretta, participou das palestras em Dionísio Cerqueira e Cunha Porã. Ele destacou que iniciativas desenvolvidas na universidade, como o Lixo Orgânico Zero, devem ser levadas para todo o Estado.

O prefeito de Dionísio Cerqueira, Thyago Gnoatto, afirma que a iniciativa será levada para as escolas do município. Segundo ele, a cidade produz 200 toneladas de lixo por mês, com um custo de R$ 50 mil mensais para a coleta e destinação. “Com esse projeto, vai ser melhor não só para o meio ambiente, mas para os cofres do município”, comenta.

Em Cunha Porã, de acordo com a secretária municipal de Educação, Cultura e Esporte, Simone Drehmer, o projeto será levado para as escolas. “Temos muitos problemas na questão de não cuidar do lixo. Esse projeto é muito válido nesse sentido e, com certeza, vamos levar para nossos alunos, para fazer com que as crianças entendam que somos responsáveis pelo lixo que produzimos”.

Já em Cordilheira Alta, o prefeito Carlos Alberto Tozzo elogiou o projeto e o considerou importante para resolver um problema que atinge todos os municípios, que é o despejo irregular de lixo. “É uma iniciativa necessária para proteger o nosso meio ambiente”, diz ele.

Mais informações podem ser obtidas com o projeto Lixo Orgânico Zero, pelo FacebookInstagram e YouTube.

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