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Estiagem pode piorar situação do produtor rural

“Comprei mais uma caixa e água para fazer um outro reservatório. A situação é precária e piora a cada dia. A nascente que abastecia minha casa secou e terei de abrir outra para encontrar água”. O relato é do produtor rural, Valdevino Moreira Filho, morador da localidade da Chapada, em Capão Alto.

Ele é mais uma das vítimas da estiagem que já está sendo considerada a mais prolongada e severa das últimas décadas. Valdevino aproveitou o feriado prolongado da semana passada, para sair em busca de novas nascentes em sua propriedade e conversar com o prefeito Tito Pereira Freitas para ajudar na abertura de bebedouros de água para o gado.

O produtor disse nunca ter visto tamanha estiagem e revelou que a plantação de milho perdida por falta de chuva vai virar silagem para não perder tudo. E que para tratar dos porcos e galinhas está comprando milho. Na prefeitura chegam até 10 pedidos diários de socorro dos moradores do interior, sem água nas propriedades.

“Estamos com cinco retroescavadeiras abrindo bebedouros para animais e nascentes para as comunidades e não estamos vencendo. A água verte, mas seca em poucas horas, porque a terra está muito seca em decorrência da estiagem prolongada”, explicou Tito Freitas.

Em localidades como Varelas, já tem produtor rural se queixando da morte de gado por falta de água. Até semana passada, duas máquinas da prefeitura estavam atendendo aquela comunidade. Em localidades como Santo Antônio do Pelotas, Capão Verde, Santo Cristo, Km-14, Escurinho, Lagoa Grande e Reserva, as maquinas já trabalharam.

Sobre abertura de poços artesianos, Tito Freitas disse que aguarda a ajuda do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense – Cisama. Mas lembra que implantou dois, e um com cerca de 300 metros de profundidade secou.

Os prejuízos em Capão Alto são imensos e segundo o prefeito, com a chegada do frio a tendência é piorar ainda mais a situação dos produtores rurais, especialmente pela escassez de alimento para os animais.

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