“Confesso que saio da reunião muito angustiada e preocupada”, disse, nesta terça-feira, 2, a relatora da Comissão Externa de Enfrentamento do Coronavírus, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), depois de ouvir os relatos de representantes dos agentes comunitários de saúde e de endemias sobre as dificuldades em que são submetidos os 400 mil profissionais que atuam na atenção básica de saúde e agora frente à pandemia.
A maioria das reclamações diz respeito à falta de equipamento de proteção individual.
“Ninguém pode ir para a linha de frente sem que esteja devidamente protegido, sem equipamento de proteção individual. Não adianta se falar em distanciamento social, se esse trabalhador está sem condição de ir visitar a comunidade, está sem proteção”, destaca a parlamentar.
Na avaliação dos especialistas, os agentes comunitários podem atuar na busca ativa nos casos precoces da Covid-19.
Na reunião, ficou clara a falta de sintonia entre o Ministério da Saúde, os governos estaduais e os municípios quanto à efetiva participação dos agentes comunitários de saúde de endemias no combate ao coronavírus.
“O momento exige de todos unidade. Se não houver sintonia nas ações e serviços de saúde, não fortalecermos a nossa rede de atenção primária, ficará cada vez mais difícil avançarmos no enfrentamento dessa pandemia. O Ministério e os gestores estaduais e municipais devem falar uma única linguagem”, alertou Carmen.
Foto: Gustavo Sales/ Câmara dos Deputados
