Notícia no Ato

Governo do Estado atualiza matriz de risco potencial e Serra Catarinense migra para classificação Amarela

Novo formato da matriz de indicadores do Estado foi apresentada nessa sexta-feira (2 de outubro). O Centro de Operações de Emergência em Saúde da Serra Catarinense vinha cobrando essa atualização do cenário nas últimas semanas

O Município publicou na sexta-feira (2 de outubro) o Decreto nº 18.193, que traz alterações nas medidas de enfrentamento e combate à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) em Lages. A atualização foi encaminhada depois que o Governo do Estado apresentou um novo formato da Matriz de Avaliação de Risco Potencial, e a Serra Catarinense migrou da classificação Laranja (risco grave) para Amarela (risco alto).

Conforme o Estado, a nova ferramenta avaliará minuciosamente índices de transmissibilidade, monitoramento, dimensões, mortalidade e capacidade de atenção nas 16 Regiões de Saúde de Santa Catarina. Alguns indicadores não estarão mais presentes na nova versão, porque o monitoramento das regiões projeta deixar a transmissão sustentada para a fase de recuperação.

Essa mudança na matriz de indicadores vai de encontro às reivindicações apresentadas nas últimas semanas pelo COES Regional Serra Catarinense Covid-19, que cobrava esclarecimentos do Governo do Estado sobre os critérios considerados para mensurar a classificação do risco potencial regional. Baseado nos últimos indicadores que atestam desaceleração na curva de contágio da Covid-19, o entendimento das lideranças locais é de que o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-SC), deveria enquadrar a Serra Catarinense na matriz correspondente a realidade da pandemia.

O Município também confeccionou o ofício nº 387/2020, assinado pelo Chefe do Executivo, solicitando informações de como acontecia, na prática, a computação de dados da ferramenta da Avaliação de Risco Potencial.

O coordenador do COES Regional Serra Catarinense COVID-19, Claiton Camargo de Souza, explica que a partir dessa mudança, foi possível flexibilizar algumas atividades e serviços. “Quando o Estado atualiza a matriz de risco, cabe aos gestores da região definir novas flexibilizações ou restrições. Importante ressaltar que a pandemia não acabou e cada cidadão deve continuar fazendo a sua parte para o cenário não piorar. Passamos o pior momento nos meses de julho e agosto e agora a situação está mais confortável”, acrescenta.

Confira aqui, na íntegra, o Decreto nº 18.193.

Números que atestam a desaceleração

Na segunda semana do mês de setembro Lages tinha 183 casos ativos da Covid-19. Esse número caiu para 52 casos na quinta-feira (1º). A taxa de ocupação de Leitos UTI Covid, que em agosto chegou ao impressionante patamar de 90%, caiu para 39% nesta quinta-feira (1º). A procura por atendimento no Centro de Triagem da Covid-19, localizado no Centro de Lages, também registrou redução desde o início da pandemia. No mês de agosto foram 4.895 atendimentos, já em setembro foram contabilizados 2.204, o que representa uma queda de 55%.

Também é possível perceber um espaçamento maior de tempo entre os óbitos decorrentes da Covid-19. O número de pacientes recuperados já passa dos 3 mil. “Por isso, a região serrana considera que o mapa de avaliação de risco potencial deveria ser reavaliado, o que se confirmou nessa sexta-feira”, acrescenta Claiton Camargo.

Importante ressaltar que a luta contra a Covid-19 não cessou e a população deve continuar fazendo a sua parte, observando as recomendações dos órgãos de saúde quanto ao uso de máscara, álcool em gel, higienização das mãos e do distanciamento social. Mesmo com a melhora no cenário local da pandemia, convém observar que a região serrana acumulava, até a quinta-feira (1º), 110 óbitos desde o início da pandemia.

Texto: Flávio Fernandes

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