Notícia no Ato

Lages na luta pela prevenção ao câncer de boca

O Município conta com 38 equipes de saúde bucal que atendem nas UBSs e mais o odontomóvel que atende as comunidades do interior. No Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) há cinco especialistas em cirurgias bucomaxilofacial e diagnóstico 

Desde 2015, na primeira semana de novembro comemora-se a Semana Nacional de Prevenção do Câncer de Boca. O objetivo é estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas à doença. Em Lages, devido à pandemia do novo Coronavírus, não foi possível realizar uma programação voltada ao público. Mas os atendimentos continuam normalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com ações voltadas à prevenção e diagnósticos precoces que aumentam a eficácia no tratamento.

O Município conta com 38 equipes de saúde bucal, com dentistas e auxiliares, que atendem nas UBSs e mais o odontomóvel que atende as comunidades do interior. Os pacientes podem procurar atendimento pelos dentistas da atenção primária na unidade de referência no seu bairro e será avaliado por um especialista.

Existe uma substância chamada azul de toluidina que se aplicada na lesão pode mostrar algumas células malignas que precisam passar por uma avaliação mais aprofundada. Caso seja detectada alguma anormalidade, o paciente será encaminhado para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) para a biópsia com uma especialista em diagnóstico. O CEO de Lages conta com cinco especialistas em cirurgias bucomaxilofacial e em diagnóstico bucal.  

Dependendo do diagnóstico, será encaminhado para a Unidade de Assistência de Alta Complexidade (Unacon), caso haja necessidade. “Todos os nossos dentistas realizam o autoexame, e reforçamos esta prática para termos uma percepção precoce da doença. É um teste rápido que tem muita importância neste sentido”, comenta a coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria Municipal da Saúde, Priscila Nunes.

Saiba mais sobre o câncer bucal

O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.

A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.

Estima-se 11.180 casos novos da doença em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.

Fatores de risco – Os casos de câncer de boca são mais comuns em homens a partir dos 40 anos. Os principais fatores de risco envolvem o consumo de tabaco (cigarro, narguilé), de bebidas alcoólicas em excesso, exposição ao sol na região dos lábios sem proteção e diagnóstico positivo para HPV. 

Os sinais mais evidentes de alerta são feridas nos lábios e na boca que não cicatrizaram após 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na boca e sangramentos sem causa conhecida na cavidade oral. Caso o paciente identifique qualquer sintoma da doença, deve procurar atendimento médico-odontológico. 

Texto: Aline Tives

Foto: Divulgação/Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)

Achou essa matéria interessante? Compartilhe!