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“Queremos que nos ouçam”, diz organizador do “Brasil a Cavalo”

Integrantes do setor de rodeios vão fazer, no próximo dia 15, uma manifestação pedindo a retomada das atividades na área. Este tipo de evento está proibido desde março em Santa Catarina, devido à pandemia do novo coronavírus. Intitulada “Brasil a Cavalo”, a manifestação vai acontecer em várias cidades catarinenses.

O narrador de rodeios e um dos organizadores do movimento, Gilberto Brito Júnior, conhecido nacionalmente como Gaúcho Amarelo, que mora em Caçador, no Meio-Oeste catarinense, diz que o intuito da manifestação é chamar a atenção das autoridades quanto a difícil situação de quem depende dos rodeios.

“A ideia não é usar a manifestação como uma afronta, mas mostrar que a gente tem força. O intuito é para que as autoridades nos ouçam, nos recebam em seus gabinetes e secretarias. A gente quer fazer a retomada dos eventos com cautela e educação. Precisamos da ajuda deles (autoridades), para que nos ajudem a elaborar uma maneira para retomarmos os eventos. O que não podemos é ficar parados”, ressalta Gilberto.

A proibição dos rodeios, dentre outras atividades campeiras, como os torneios de laço, atingiu duramente as pessoas que trabalham no setor. Segundo Gilberto, este tipo de atividade envolve cerca de milhão de tradicionalistas no estado, sem contar as pessoas que dependem indiretamente das atividades. “Só o cavalo movimenta de R$ 10 a 12 milhões”, assinala.

O “Brasil a Cavalo” vai acontecer em várias cidades catarinenses e está recebendo o apoio de pessoas e entidades tradicionalistas, como o MTG, dos quatro cantos do estado. Em Lages, os manifestantes vão se concentrar em frente ao Parque de Exposições Conta Dinheiro, às 8h. Eles sairão, a cavalo, pela Avenida Luiz de Camões e percorrerão algumas vias da cidade. Medidas de prevenção à Covid-19, como o uso de máscara, serão adotadas durante a manifestação.

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