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Novos gestores incham as prefeituras e põem em risco a saúde financeira dos municípios

Num cenário de limitações financeiras devido à pandemia do novo coronavírus em que se discute a necessidade de reduzir o tamanho da máquina pública, novos prefeitos que assumiram no início deste ano trilham caminhos opostos. Para acomodarem aliados políticos, novos gestores estão inchando as prefeituras, uma situação que põe em risco a saúde financeira do município. Os maus exemplos estão por todos os cantos, inclusive aqui na região serrana.

Fato é que, devido a necessidade de atender às demandas de uma ampla base de apoio no processo eleitoral, novos prefeitos tiveram que criar espaços para acomodar parceiros políticos, tornando difícil uma administração enxuta. Este cenário, além de aumentar as despesas dos municípios, causa uma redução da capacidade de investimento em obras e serviços públicos. Importante ressaltar que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite de gasto com servidores é de 54% do orçamento. Ou seja, o cobertor é curto, devendo o gestor ter zelo com os recursos.

Os novos gestores que assumiram – muitos deles pegaram prefeituras enxutas e com dinheiro em caixa – precisam dar exemplo de gestão. Inchar a administração para acomodar aliados políticos demostra falta de organização administrativa para gerir os poucos recursos disponíveis, além de representar uma prática reprovável pela opinião pública. Esse excesso de gastos com servidores indicados pode se refletir lá na frete, no fechamento do caixa das prefeituras.

Outro aspecto que chama a atenção, no âmbito da administração municipal, está no fato de que, neste início de governo, os gestores estão por todos os cantos. Não que essa prática tenha algum demérito, mas a população quer ver este mesmo “empenho” no decorrer dos quatro anos de governo.

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