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Mulheres se destacam na mecânica, elétrica e de TI

Elas optaram por uma carreira em áreas que eram dominadas por homes. Hoje, Natalia, Karine e Bruna fazem parte de uma nova realidade e são inspiração para outras mulheres.

Aos poucos, as profissões que eram definidas para serem exercidas por pessoas de determinado gênero estão mudando. As mulheres vêm conquistando seu espeço no mercado de trabalho que antes eram masculinizados. Natalia Julia Ventura é mecânica. Karine Alessandra Córdova atua na área de informática para internet e Bruna Macedo Andrade é eletricista.As três são jovens, bonitas e descoladas. Determinação e independência fazem parte do vocabulário do grupo formado no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Lages. Essas mulheres seguem uma nova tendência mundial de entrar em áreas mais destinadas aos homens. Elas estão conquistando espaço e se posicionando no mercado de trabalho.O avô de Natália era mecânico industrial e o tio tem uma oficina em Urubici. Foi lá que ela estagiou quando cursou o técnico em manutenção. “Eu gosto mesmo é de colocar a mão na graxa. Antes de fazer o curso não conhecia absolutamente nada. Quero me especializar em transmissão”, afirma a jovem de 19 anos.  “Minha vontade é conhecer melhor o conjunto de engrenagens onde se trocam as marchas para gerar torque e potência exigidos pelo motor”, explica com propriedade sobre o assunto.Natalia já atua na área e acredita que as oportunidades de inserção no mercado já são maiores, tanto que as empresas estão exigindo que mulheres preencham algumas vagas. Karine avalia da mesma forma no ramo da TI. Para ela, as questões culturais ainda são muito fortes, mas as mulheres estão começando a ser mais atuantes.  “O desempenho da nossa profissão não precisa de força física, só intelectual. Já temos mais mulheres trabalhando com programação, por exemplo, seja em grandes empresas ou em empreendimentos menores”.Trocar uma lâmpada é fácil. Agora, instalar uma tomada ou um chuveiro não é tarefa para qualquer um. Fazer toda a parte elétrica de uma casa é para pouquíssimos. A Bruna faz tudo isso, e, se precisar, também está apta a trabalhar com instalação industrial. “Não sabia e nem conhecia nada. Quando percebi que podia fazer qualquer tipo de instalação sem precisar de outra pessoa, foi o máximo”, diz.

Bruna e Karine são professoras no Senai.

 

Mudanças vêm ocorrendo

No Senai, especialmente nos técnicos, a procura por cursos que antes eram mais voltados para o público masculino vem se igualando. Há cerca de quatro anos, a instituição está se adaptando e está preparada a essa nova realidade e oferecendo oportunidades de capacitação e qualificação para elas. “Tivemos várias mulheres que fizeram curso de solda, eletromecânica e mecânica automotiva com a perspectiva de montar seu próprio negócio”, destaca o diretor do Senai, Telmo Coelho.  Quanto à inserção no mercado de trabalho, o diretor avalia que está ocorrendo lentamente. “As áreas de negócios onde atuamos ainda é mais voltada para os homens, mas isso está mudando. A juventude vem fazendo a diferença nesse processo. Eles são arrojados e trabalham nas diversas áreas sem se preocupar com os pré-conceitos”.

Texto e fotos: Catarinas Comunicação

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