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Em vídeo, vereador chama Ceron de “canalha” ao questionar repasse de mais de 3 milhões à Transul

O repasse de mais de R$ 3 milhões feito pela Prefeitura de Lages à Transul está repercutindo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vereador Jair Júnior (Podemos) questionou os valores repassados que somam mais de R$ 3 milhões. Além de questionar o repasse dos recursos, Jair chamou o prefeito Antonio Ceron de “canalha”.

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No vídeo, o vereador lembrou que, no ano passado, a Prefeitura repassou R$ 2.360.400,00 à Transul. No dia 4 de janeiro deste ano, houve um novo repasse, no valor de R$ 769.692,00. Com isso, o volume total de recursos públicos aportados à empresa soma mais de R$ 3 milhões. Os valores, segundo o vereador, foram para compensar perdas que a empresa teve durante a pandemia.

Jair lembrou que ao mesmo tempo em que a Transul recebeu a compensação financeira, empresários de outros setores, que também perderam renda e alguns chegaram a fechar devido à pandemia, não tiveram o mesmo direito. “Não tenho medo de processo, pode me processar, mas o que vossa excelência (Ceron) fez é sem-vergonhice, vossa excelência é um canalha”, disparou o vereador.

De acordo com informações, os repasses feitos pela Prefeitura à Transul estão previstos em lei. Em se tratando de transporte público, há uma lei estabelecendo que o poder público deve compensar as perdas quando a empresa é impedida de realizar sua atividade.

Nossa opinião
Em que pese essa questão legal, o município não pode ficar aportando recursos públicos para uma empresa privada, independentemente do setor. Se for assim, todas as empresas que estivessem em apuros financeiros teriam o direito de buscar ajuda na Prefeitura, afinal, muitos empresários estão sofrendo com a pandemia.

Quanto aos adjetivos do vereador Jair direcionados ao prefeito Ceron, o parlamentar perdeu a razão em ofender. Em vez de oportunismo e politicagem nas redes sociais, ele deveria encampar um movimento no sentido de mudar a legislação em relação aos serviços de trasporte público, impedindo, assim, que o poder público tenha que arcar com os prejuízos de uma empresa de um segmento específico.

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