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Ex- vereador David Moro é condenado por compra de votos

A Justiça Eleitoral, após acatar ação do Ministério Público Eleitoral, condenou o ex-vereador Davi Moro (MDB) por captação ilícita de sufrágio (compra de votos) na eleição do ano passado, em Lages. A decisão foi proferida pelo juiz Ricardo Alexandre Fiuza, da 21ª Zona Eleitoral.  A sentença determina que David fique inelegível por 8 anos, além da cassação do diploma de vereador.

Segundo as investigações feitas pelo Ministério Público e pelo Gaeco, David Moro teria patrocinado “deliberadamente a distribuição de combustível para eleitores, em plena campanha eleitoral”. A ação foi concretizada a partir de informações da 2ª Vara Criminal da Comarca de Lages, dando conta da prática de compra de voto, inclusive com trechos de interceptação telefônica.

As investigações mostraram que os eleitores cooptados pelo ex-vereador e por seus ajudantes de campanha, após plotarem seus veículos com os adesivos do  candidato, deslocavam-se até um posto, no Centro, em Lages, e lá abasteciam seus veículos com um vale-combustível fornecido pelo então candidato em troca do voto.

Durante as investigações, a Justiça ouviu várias testemunhas. Além disso, as interceptações telefônicas mostraram detalhes do esquema. Em uma das conversas interceptadas, o então candidato, já desconfiado de eventual interceptação telefônica, repreende uma eleitora para que esta não fale sobre vale-combustível: “Não…Fala”.

Em outra mensagem, ainda de acordo com as investigações, David Moro, ciente da ilicitude da sua conduta, afirma não poder falar ao telefone: “Passe lá no comitê, eu não posso falar por telefone, já te falei”. Noutra ligação com a mesma interlocutora, de pronto alerta mencionando: “Não fala, só escuta!”.

Pela sentença judicial, David Moro ficará inelegível por oito anos a contar da eleição de 2020. Ele também teve o diploma do vereador cassado, isto é, não poderá assumir a Câmara de Vereador como suplente. Na eleição passada, David fez 936 votos e não conseguiu se reeleger.

Procurado para comentar a situação, via whatsapp, não retornou o contato até o fechamento desta matéria.

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