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Lages consegue conter em até 60% o número de infectados pelo novo Coronavírus

Uma série de questões somaram para a diminuição do número de casos de pessoas ativas, passando de 3.000 para menos de 700. Já a fila de espera por leito de UTI diminui de 30 para cinco vagas, registradas oficialmente na manhã desta terça-feira, 7 de abril, pela Secretaria Municipal da Saúde, da Prefeitura de Lages

Em entrevista televisiva, nesta semana, o prefeito Antonio Ceron foi questionado sobre a preocupação que o chefe do Executivo lageano tem frente à pandemia do novo coronavírus e acerca das medidas restritivas adotadas em Lages para conter o número de infectados que chegou a um patamar de 3.000 pessoas ativas, antes do lockdown adotado por meio de decreto municipal.

Antonio Ceron disse que está muito preocupado com a questão da pandemia de um modo geral e foi taxativo em declarar que as únicas medidas que funcionam em relação a prevenção de novos casos, bem como ao tratamento da Covid-19, são os cuidados básicos com a higienização, com o uso de máscara, álcool em gel, manter o distanciamento recomendado entre as pessoas, evitar aglomerações, e nos casos dos infectados seguirem rigorosamente as recomendações médicas.

“Só os médicos, que se formaram para tratar da saúde das pessoas, podem recomendar o tratamento adequado, caso a caso. As pessoas que estejam infectadas precisam seguir as recomendações médicas”, defende Ceron.

Sobre o tratamento precoce da Covid-19, o prefeito de Lages é de opinião de que é mais uma questão ideológica do que científica, porém “em Lages os médicos sempre tiveram total liberdade para prescreverem o tratamento que julgarem mais adequado aos seus pacientes e temos todos esses medicamentos em estoque”, se referindo aos remédios comumente usados no chamado tratamento precoce da Covid-19.

Em relação à diminuição do número de infectados, que passou de um patamar de 3.000 pessoas ativas para menos de 700 (atualmente), Ceron credita esse resultado “à uma série de fatores”, entre os quais o lockdown, mas ele se diz consciente de que será a vacina o fator determinante para minimizar os efeitos da pandemia.

“Nos países onde houve vacinação em massa da população, como ocorre nos Estados Unidos e Israel, o número de casos de infectados e de mortes por Covi-19 diminuiu significativamente”, avalia Ceron.

O prefeito disse que os números de vacinados em nível de Brasil e de Santa Catarina são “muito tímidos”, em torno de 10% da população vacinada com a primeira dose e 3% com a segunda dose.

“Esperamos que a distribuição das vacinas para os municípios aumente para podermos ampliar o atendimento com a aplicação da primeira dose, que já alcança a faixa etária dos 66 anos, e a garantia também da segunda dose. O Instituto Butantã já sinalizou para o aumento de 44 milhões de doses já distribuídas para 100 milhões de doses”, ressalta Ceron.

“Nossa preocupação se volta agora com a aproximação da entrada do inverno, período mais propenso à contaminação pelo novo coronavírus, problema agravado em muito com o surgimento de variantes do vírus. Portanto, todos cuidados e medidas sanitárias para prevenção do contágio precisam ter continuidade”, disse Ceron

Na manhã de quarta-feira, 7 de abril, segundo dados oficiais da Secretaria Municipal da Saúde, cinco pacientes encontravam-se na fila de espera em leitos de UTI Geral e outro tanto para a UTI Covid-19. “Hoje a situação está mais controlada, comparada a poucos dias atrás quando a defasagem em relação a vagas de UTI chegou a 30 pacientes na fila de espera”, contextualiza Ceron.

Texto: Iran Rosa de Moraes/Fotos: Aline Borba e Divulgação

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