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Queimadas no campo causam danos à rede elétrica e colocam população em risco

A prática de queimadas nas regiões rurais de Santa Catarina, além dos danos ambientais, também vem afetando a rede elétrica, causando prejuízos e oferecendo risco aos moradores. O alerta é do gerente do Núcleo Planalto da Celesc, Gladimir Jeremias. Segundo ele, a empresa vem atendendo a casos de emergências por conta dessa situação diariamente. 

“É muito comum que as pessoas façam queimadas no campo sem se preocuparem com a rede elétrica. O fogo muitas vezes acaba atingindo postes, principalmente postes de madeira, e os derrubando, o risco é enorme para quem faz isso”, comenta Gladimir. 

Segundo o gerente da Celesc, além da queda dos postes, os resultados da prática irregular são riscos de rompimento de cabos e arcos elétricos. “Tudo isso provoca a interrupção do fornecimento, deixando muitas vezes cidades inteiras sem energia elétrica”, ressalta.

Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as queimadas estão entre as principais causas de desligamentos na transmissão de energia no país durante esses meses.

O problema atinge, sobretudo, grandes áreas rurais de Santa Catarina, incluindo cidades como Lages, São Joaquim e Bom Jardim da Serra, e se intensifica no período do ano de menos chuva, e entre os meses de julho e setembro – quando as queimadas são feitas com a finalidade de eliminar o pasto seco do inverno.

Apenas na região de Lages, entre julho e agosto foram registradas 15 ocorrências de queimadas que geraram interrupções no fornecimento de energia elétrica. Somadas, elas deixaram cerca de 4.600 unidades consumidoras no interior da Região Serrana sem energia, por tempo médio de quatro horas. Além dos prejuízos na rede e dos transtornos provocados pela interrupção de fornecimento de energia, o gerente da Celesc salienta que a prática também pode colocar em risco a vida das pessoas.

“O fogo pode passar por baixo da fiação, provocando descargas elétricas e oferecendo risco para as pessoas que estão fazendo a queimada e para quem possivelmente estiver nas proximidades”, afirma Gladimir Jeremias.

O gerente do Núcleo Planalto da Celesc acrescenta que a empresa busca o ressarcimento dos prejuízos causados pelas queimadas irregulares, administrativa ou, se necessário, juridicamente. “Estamos com um sistema preparado para deflagrar cobranças financeiras de cada caso que venha a provocar danos à rede elétrica”, explica. Gladimir também reforça que as pessoas devem tomar medidas preventivas para evitar atingir a rede elétrica. “Uma dica é que se façam aceiros (barreiras para evitar que o fogo se alastre) em volta dos postes, principalmente dos de madeira, evitando que o fogo os atinja, e que se evite também atear fogo em locais debaixo da rede”, comenta.

Confira outras medidas de segurança:

– Não fazer queimadas irregulares para limpar pastagem ou plantio agrícola;

– Apagar as pontas de cigarro antes de jogá-las em lixeiras. Não jogar cigarros ou fósforos à beira de estradas ou perto de campos e florestas;

– Manter terrenos limpos, fazer aceiros ao redor de casas, currais, celeiros e outras construções e mantê-los roçados;

– Não deixar restos de cortes de árvores, plantações ou pastagens acumuladas na beira da estrada para que não sejam incendiados;

– Não queimar o lixo doméstico;

– Não acender fogueiras perto da vegetação;

– Não soltar balões;

– No caso de sinal de fumaça ou foco de incêndio, avisar imediatamente os bombeiros pelo telefone 193. 

Texto e fotos: Celesc

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