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CREAS II realiza encontro para abordar situações de negligência familiar e destaca importância de notificar os casos

Mães apontaram dificuldades encontradas para orientar os filhos na geração atual e se emocionaram ao lembrar da vida simples e feliz na área rural, apesar da educação ter sido rígida no passado

Com o tema “Tenho filhos! Vamos conversar sobre isto?”, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – (Creas II), realizou na tarde da última quinta-feira (22 de março) o encontro mensal para mulheres acompanhadas pelo próprio equipamento para dialogarem sobre experiências familiares.Segundo a Psicóloga do Creas II, Carla Kauling de Borba, o intuito do encontro foi reunir mulheres com as mesmas dificuldades na tentativa de ocasionar identificação em situações do cotidiano e também proporcionar reflexão sobre promoção de hábitos saudáveis para o fortalecimento de vínculos. “De certa forma, compreende-se negligência como desatenção ou até mesmo preguiça em resolver conflitos que possam prejudicar o desenvolvimento de crianças e adolescentes”, explicou.Para exemplificar esse conceito apresentado, a Assistente Social do Creas II, Juliana de Carli, comenta que isso ocorre quando as famílias deixam de ter acesso aos direitos sociais, civis e políticos. Como por exemplo, não realizar matrícula escolar e vacinação no prazo recomendado, bem como, não acompanhar o modo de vestimenta e alimentação adequada dos filhos. “Durante as apresentações pessoais, elas aproveitaram a oportunidade para relatar os constantes desafios enfrentados atualmente para transmitir orientação, devido o modo de criação rígida que receberam na infância, adolescência e/ou juventude. Muitas vezes, elas não percebem que estão tendo ou permitindo atos negligenciais porque aprenderam pensar e agir de tal modo”, enfatizou.Elas assistiram o vídeo Ser Mãe, onde foi apresentado algumas situações enfrentadas no dia a dia para manter firme os laços familiares. Logo após, através de uma dinâmica, elas ainda foram desafiadas a representar em uma folha branca aquilo que elas desejam para os filhos. Surgiram muitas aspirações, como moradia, alimentação, formação escolar e acadêmica. Em outra sala de atendimento do Creas II, por meio de histórias em quadrinhos e questionários, os filhos destas mães, de 10 a 12 anos, abordaram assuntos de relevância social, como o bullyng escolar e o Dia Internacional da Água (celebrado no dia 22 de março).  De acordo com as profissionais responsáveis pela coordenação das atividades, Liliane Silva e Larissa de Oliveira, Psicóloga e Assistente Social do Creas II (respectivamente), “eles demonstraram interesse em participar, facilidade de interação e conhecimento sobre o consumo racional da água”, realçam.

Setor de Notificações e Encaminhamentos Socioassistenciais para famílias

O Setor integra a Vigilância Socioassistencial da Secretaria de Assistência Social e Habitação de Lages e tem por finalidade realizar o atendimento de notificações que chegam através do atendimento psicossocial, contato telefônico, demanda espontânea e encaminhamentos do Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar, Disque Direitos Humanos (Disque 100), entre outros.Também procura receber documentos da rede de atendimento de diversos setores do município, encaminha ofícios diretamente ao serviço socioassistencial competente, monitorar os prazos de resposta dos ofícios e organizar os dados coletados mensalmente.São considerados “casos novos” aquelas famílias que ainda não receberam atendimento no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), os Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, Centro Pop e Acolhimento Pop.

Funcionamento de cada tipo de atendimento

Atendimento psicossocial: a equipe realiza atendimento psicossocial sempre que o denunciante vem pessoalmente até a Sede da Secretaria de Assistência Social e Habitação, durante visitas domiciliares ou nos casos de atendimentos agendados, quando não se têm o endereço da família ou a mesma não foi encontrada no local informado.Atendimento por telefone: algumas notificações são realizadas por contato telefônico, de forma anônima ou não, para facilitar o acesso do denunciante à equipe. Estas demandas são acolhidas e seguem o procedimento já relatado anteriormente, de acordo com as atribuições do Setor de Notificações e Encaminhamentos Socioassistenciais.Visitas domiciliares: só são efetuadas visitas domiciliares nos casos em que o indivíduo e/ou família não possui cadastro em nenhum serviço ofertado pela Secretaria de assistência Social e Habitação, ou seja, quando a família está recebendo seu primeiro atendimento na rede socioassistencial.

 Fotos: Daniel Costa 

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