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Empreendedora vê no frio da Serra Catarinense oportunidade de negócio

Ex-faxineira começou com produtos de inverno, ampliou o mix e emprega outras mulheres, em Lages.

O frio rigoroso da Serra Catarinense com temperaturas negativas, geada e até neve rende belas imagens e atrai turistas do Brasil todo. Mas não é só o setor de turismo que lucra na estação mais gelada do ano. Há quem consiga enxergar uma oportunidade a mais de negócio.A empresária Rosangela Maria Albuquerque, vislumbrou essa chance quando ainda trabalhava como empregada doméstica, há sete anos. Como o que ganhava com as faxinas não era suficiente para ajudar nas despesas da casa, ela precisou buscar nas suas habilidades algo que complementasse a renda da família.Sempre gostou de trabalhos manuais  e começou a produzir pantufas. Primeiro para aquecer os pés dos três filhos, e assim, devagarinho, iniciou o seu negócio. Fabricava as pantufas manualmente em casa e vendia.O problema é que nem sempre recebia o valor dos produtos em dinheiro. Muitos pagavam com cheques pré-datados. Isso fazia com que Rosangela ficasse sem condições para comprar matéria prima e renovar o estoque. Foi então que resolveu procurar uma instituição financeira que acreditasse no seu negócio e lhe proporcionasse crédito. Por meio da troca de cheques ela conseguiu ter capital de giro. “Eu fui ao Banco da Família porque conhecia várias pessoas que procuravam ajuda lá e seus negócios iam pra frente. Pensei: para mim também tem que dar certo. E deu”, conta sorridente a microempresária.O Banco da Família é um grande incentivador do empreendedorismo feminino e acredita que, desta forma, está apoiando o desenvolvimento econômico e social de diversas comunidades. “Se as pessoas crescem e desenvolvem seus negócios, elas melhoram não apenas a suas vidas e da família, mas se tornam agentes transformadores de toda uma comunidade”, revela a diretora de Mercado, Elaine Amaral Fernandes.

De olho no mercado pet shop

Focada nos negócios, Rosangela já empreendeu novamente. As pantufas vendem muito no inverno, mas ela precisava de um produto que vendesse o ano todo. Atenta, ela sabe que o mercado pet se expande no Brasil e com um faturamento previsto de quase 20 bilhões de reais para 2018.Resolveu arriscar no mundo pet e desenvolveu uma linha de produtos como camas, casinhas, mantas e acessórios. Mais uma vez, deu certo, está lotada de pedidos. Ela é aquela mulher que precisava complementar a renda da família, e hoje emprega sazonalmente outras mulheres e contribui para a melhoria de vida de outras pessoas.

Santa Catarina é um estado empreendedor

É o terceiro no cenário brasileiro com maior número de negócios. Um levantamento realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/SC) mostra que atualmente existem 319 mil micro e 20 mil pequenas empresas instaladas.Outra pesquisa, a da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que foi o único no país a registrar mais aberturas do que fechamento de lojas em 2017.

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