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Em parceria com Proerd Rede de Segurança Escolar formará jovens para serem mediadores de conflitos

O Programa Rede de Segurança Escolar completa um ano, entra na segunda fase e prevê novas ações para 2018. A partir de agora, além das visitas preventivas nas escolas, a Polícia Militar vai treinar e formar dois alunos por instituição de ensino para serem Jovens de Atitude. Eles vão atuar como replicadores do programa atuando, inclusive, como mediadores de conflitos. As atividades serão desenvolvidas em parceria com o Programa Educação de Resistência à Drogas (Proerd).

O coordenador da Rede em Lages, sargento José Valdir Goedert, explica que durante o treinamento os jovens participarão de uma capacitação de três dias no 6º Batalhão de Polícia Militar. Depois, estarão aptos a continuar o trabalho em suas escolas, mas sempre com o acompanhamento da guarnição da Rede de Segurança Escolar.

“Na primeira etapa do programa tínhamos o propósito de criar e fortalecer vínculos junto à comunidade escolar. Agora é a hora de convocar os estudantes para junto conosco atuarem na prevenção de situação de crime”.

Atualmente, cerca de 11,3 mil estudantes de 20 escolas municipais e estaduais de Lages são atendidos pelo programa. Na Rede, o policial militar assume o papel de motivador, um agregador que atua em rede com o objetivo de solucionar os problemas e conflitos de forma preventiva e pacífica. “O policiamento comunitário impõe uma responsabilidade nova para a polícia, a de criar maneiras apropriadas de integrar a comunidade ao policiamento para promover a manutenção da lei e da ordem”, explica o sargento.

Comunidade escolar comemora os resultados

A Escola de Educação Básica (E.E.B.) Godolfin Nunes de Souza participa do programa há apenas seis meses, mas já sente no dia a dia os resultados positivos com a presença constante de policiais na escola.

A diretora Rosemeri Zaniz do Amaral Fontana conta que 90% dos problemas da escola foram resolvidos. “Havia muita briga, principalmente no fim da aula, questões relacionadas ao bullying eram recorrentes, além do desrespeito em sala. A presença da polícia só agregou ao nosso trabalho”.

Os jovens relatam que mudaram a visão sobre o papel da Polícia Militar. Antes, viam a instituição apenas como repressora. Agora, conhecem e respeitam os inúmeros trabalhos voltados à prevenção de conflitos desenvolvidos pela PM.

O estudante do terceiro ano do ensino médio, Bruno José Ribeiro da Silva, de 16 anos, lembra do episódio de uma briga evitada pela polícia. “Tudo começou com uma fofoca na sala de aula, depois no intervalo a briga foi decretada, mas a presença da polícia na saída do colégio pôs fim e fez todo mundo dispersar para suas casas”.

A colega de Bruno, Jessica de Oliveira, de 18 anos se sente mais segura desde que a Rede de Segurança Escolar chegou à escola. “Eles esclarecem, conversam numa boa com os alunos, orientam mesmo. Fico bem mais tranquila e sei que posso confiar porque eles querem nos ajudar a sermos melhores”.

E não foi só a questão de segurança que melhorou. Muitos relatam que o desempenho escolar também. “Antes era muita bagunça, confusão, conversa na sala de aula, era difícil para se concentrar. Agora melhorou muito, a gente consegue prestar mais atenção na explicação do professor”, frisa o aluno do sexto ano, Pedro Amarante.

Além das visitas diárias na escola, os policiais realizam palestras e debates sobre drogas, autoestima, profissões, bullying, e, ainda, participam de reuniões com professores em assembleia de pais e projetos desenvolvidos pela escola.

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