Notícia no Ato

Projeto de educação ambiental auxilia praticantes da equoterapia

Há seis meses, o projeto de equoterapia da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Lages, passou a contar com a parceira da Polícia Militar Ambiental por meio do projeto Educação Ambiental e Equoterapia. A iniciativa permitirá construir salas de espera e de aula, além de uma academia no espaço da Cavalaria da Polícia Militar, onde ocorrem as atividades práticas.A Apae recebe repasse de recursos via PMA provenientes da conversão de multas ambientais para projetos de melhoria, conservação e preservação do meio ambiente e repassa para a cavalaria, responsável pela execução da obra. A previsão é de que até fim de 2018 os alunos já estejam desfrutando do novo espaço.Em contrapartida, como forma de melhor alcançar os objetivos do projeto, os alunos e familiares recolhem da natureza materiais recicláveis, como garrafas pet, papel, papelão e outros. Estes são utilizados na confecção de objetos pedagógicos para as aulas.“A lei nos permite destinar recursos das multas para projetos como este de consciência ambiental. Nele percebemos a interação dos alunos com a natureza e o cuidado com os animais. Com esse estímulo, futuramente, eles amarão ainda mais o meio ambiente”, conta o tenente Marco Marafon.

Movimentos semelhantes a passada humana

A equoterapia pode ser praticada a partir dos três anos e precisa de recomendação médica. Em Lages, atualmente, 33 pessoas participam da atividade. Cada aluno pode permanecer no projeto por até dois anos.A terapia não substitui o tratamento convencional de deficientes, mas a utilização do cavalo numa abordagem interdisciplinar e terapêutica, com profissionais fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e uma equipe da área da equitação tem obtido bons resultados.Um exemplo é o caso de Emmanuel Costa de Andrade, de cinco anos. Ele nasceu com a síndrome do X Frágil, doença genética hereditária que causa deficiência intelectual. O pai, Francisco Andrade, conta que o pequeno tinha medo dos cachorros em casa, e agora consegue interagir normalmente com os cães. “A partir do segundo encontro ele passou a brincar com os animais. É muito bacana ver a evolução social dele, sem contar a melhora da coordenação motora”.A terapia é realizada em três fases. Na primeira é trabalhada a hipoterapia, que é a aproximação com o animal. Na fase de educação e reeducação o aluno começa a realizar atividades que trabalham o equilíbrio, força, agilidade, coordenação motora e o cognitivo. E, por último, a etapa pré-esportiva, quando o praticante consegue guiar o cavalo sem auxílio. “Nós temos vários avanços tanto físicos como motores ou sociais. Existe melhoria na postura, equilíbrio e autoestima”, conta o educador físico, Fabrício Marcelo Ribeiro Matos.Em 30 minutos, os praticantes são submetidos a cerca de 1800 estímulos de ajuste tônico. As vibrações provenientes do movimento tridimensional do cavalo, quando transmitidas ao cérebro, estimulam o sistema nervoso central desencadeando respostas que proporcionam ajuste do tônus e manutenção do equilíbrio, explica o fisioterapeuta Rafael Santos Liz.

Por Catarinas Comunicação

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