Notícia no Ato

Escolas são referência no Projeto Lixo Orgânico Zero

A prefeitura de Lages participou do edital de compostagem junto ao Fundo Nacional de Meio Ambiente e Fundo Socioambiental da Caixa, e ficou em primeiro lugar dentre projetos de todo o país

Como parte da programação do Mês do Meio Ambiente, desenvolvido pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, o Projeto Lixo Orgânico Zero está dando continuidade aos trabalhos nas escolas, focando na educação sustentável dos estudantes e na consolidação de uma nova visão sobre a destinação correta do lixo dentro da comunidade.Nesta segunda-feira (11 de junho), a atividade foi realizada na Escola de Educação Básica (E.E.B.) Professor Jorge Augusto Neves Vieira, no bairro Tributo, retomando a produção da mini compostagem ecológica, um trabalho que já vem sendo realizado na escola desde 2013, mas teve uma pausa de seis meses no ano passado.A equipe do Projeto, coordenada pela diretora de Meio Ambiente, Silvia Oliveira, e o professor do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc), Germano Güttler, desenvolveu uma oficina com os alunos, ensinando-os como fazer a mini compostagem na instituição.  “Contamos com 30 unidades escolares, tanto municipais quanto estaduais, consideradas referências, com ótimos resultados dentro do Projeto, mas aos poucos vamos abrangendo todas as escolas, estimulando e incentivando para que continuem o trabalho”, diz a diretora Silvia Oliveira.

O que é uma mini compostagem

A Mini Compostagem Ecológica (MCE) é uma tecnologia para o manejo de resíduos orgânicos para pequenos geradores. A metodologia da MCE permite compostar cerca de 100 quilos de resíduos orgânicos em apenas um metro quadrado e, após oito meses, pode-se repetir esta compostagem no mesmo local. Uma família média, de três a quatro pessoas, produz de 200 a 300 quilos de resíduos orgânicos por ano, portanto, necessita de uma área de dois a três metros quadrados para compostar todos estes resíduos de forma contínua e permanente.De acordo com o professor Germano, na escola Jorge Augusto, durante os quatro anos de confecção das mini compostagens, foram transformados em adubo 15 a 20 mil quilos de resíduos orgânicos. “Estamos muito felizes com o resultado. Esta escola foi referência na comunidade na produção de compostagem devido ao comprometimento de todos, desde os alunos, professores até os profissionais que atuam na cozinha”, salienta o professor.A partir de agora esta pesagem será retomada, e todo resíduo depositado nos canteiros será mensurado para se saber quanto de lixo orgânico está deixando de ser encaminhado ao aterro sanitário. Um bolsista do CAV vai acompanhar todo o trabalho dos estudantes. “Eles também farão visitas nas residências para ver como essa tecnologia está sendo implantada e também para que o Projeto saia dos muros da escola e venha ser uma possibilidade de mudança de hábitos e atitudes desta comunidade”, afirma Silvia.

Colhendo os frutos

A prefeitura do município de Lages participou do edital de compostagem, junto ao Fundo Nacional de Meio Ambiente e Fundo Socioambiental da Caixa, e ficou em primeiro lugar dentre projetos de todo o país. Este resultado fez com que o município passasse a receber recursos para otimização do Projeto, adquirindo equipamentos, materiais de consumo e ainda realizar um convênio com o CAV, que orientará bolsistas para atuar nas escolas e comunidade divulgando esta tecnologia. “O objetivo é fazer com que o lixo orgânico não vá mais para o aterro sanitário, e que restos de alimentos, folhas, gramas, podas, e outros materiais orgânicos, voltem a serem alimentos”, comenta a diretora Silvia.A Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente está fazendo a entrega destes materiais em todas as escolas que participam do Projeto. “Estamos muito satisfeitos com o Projeto, pois tudo está sendo muito bem organizado, prestando contas ao Ministério do Meio Ambiente. Todos estão comprometidos para que tenhamos os melhores resultados, tanto nas questões ambientais, com a redução do lixo orgânico no aterro, sendo revertido também em economia para o município”, diz o secretário Euclides Mecabô (Tchá Tchá).

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