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Vereador Lucas lidera movimento contra mudança do atendimento infantil pra UPA

“Sou totalmente contra essa mudança. É o caos anunciado. A UPA não tem condições de absorver os atendimentos do Pronto Socorro Infantil (do Hospital Infantil Seara do Bem)”, se pronunciou o vereador Lucas Neves, na segunda-feira (4/11), durante a sessão da Câmara de Vereadores. Essa fala foi ouvida pela secretária de saúde da prefeitura, Odila Waldrich, que contestou o vereador, dizendo que ele estava sendo negativo. “Negativo, não. Realista. A UPA não tem Raio-X, os banheiros alagam as enfermarias, não tem profissionais suficientes, a recepção é pequena. Além de exposição das crianças, com baixa imunidade, num ambiente de adultos com diversos problemas de saúde. Não tem como aceitar isso, essa mudança é inconcebível”, sentencia o vereador.

A mudança vai ocorrer no dia 13 de janeiro, conforme anunciado pela secretária de saúde. Ela assegura que a UPA terá profissionais médicos e enfermeiros suficientes para atender a demanda de adultos e crianças. “Essa mudança ocorre a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta, feito com o Ministério Público. Além disso, o tipo de UPA que temos prevê o atendimento infantil”, assegura a secretária. De acordo com Odila, a UPA deverá inclusive receber recursos do Governo Federal para ajudar no custeio dos atendimentos.

Atualmente o Pronto Atendimento Infantil, do Hospital Seara do Bem, atender urgências, emergências e casos de pronto atendimento. Todos os níveis de risco, do azul ao vermelho, são atendidos ali. Com a mudança, casos de menor risco, considerados azul ou verde, serão direcionados para a UPA. O Hospital só atenderá urgências e emergências (casos amarelo, laranja e vermelho – na classificação de risco). O vereador Lucas argumenta que é impossível que um pai ou uma mãe saibam classificar os sintomas do filho na hora de procurar atendimento. “Vai acontecer o seguinte: os pais vão chegar na UPA, vão classificar e mandar pra Hospital. Ou vão chegar no hospital e vão mandar ir pra UPA. As pessoas vão ser jogadas de um lugar pro outro, não tem cabimento isso. Muitas pessoas não tem carro. Vai ser um sofrimento”, destaca.

Pouco convencido com as argumentações da secretária de saúde, Lucas passou a liderar um movimento contra a mudança do atendimento infantil para a UPA. “Os pais não querem, profissionais da UPA, com os quais conversei, não concordam. Diante disso, propus a coleta de assinaturas através de um abaixo-assinado virtual, e já foram colhidas quase 20 mil assinaturas”, enfatiza. Karla Dayane Pereira foi uma das mães que procurou Lucas e o apoio no movimento, sendo a responsável pelo início da coleta de assinaturas. Para assinar a petição, que será entregue ao prefeito, acesse: http://bit.ly/2PY0f06 .

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