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Superação e enfrentamento à violência são debatidos em audiência na Câmara Municipal

Olhos e ouvidos atentos num debate cuja problemática envolve todos nós, cidadãos: a violência. Uma audiência pública realizada pelo Poder Legislativo Municipal na quarta-feira, 26, buscou debater a respeito da superação e o enfrentamento às várias formas de violência existentes em nossa sociedade, com um olhar especial para os problemas que afetam Lages e a região serrana. Pessoas que representam diferentes grupos sociais contribuíram com a discussão e apontaram caminhos na busca de soluções para construção de uma sociedade mais justa e fraterna para todos.

A base para o debate público, proposto pelo vereador Moisés Savian (PT), através de uma reivindicação do bispo diocesano Dom Guilherme Werlang, foi o assunto trabalhado na Campanha da Fraternidade 2018 da Igreja Católica: “Fraternidade e a Superação da Violência”. Nesse sentido, o eixo norteador das discussões teve como objetivo incitar o poder público para a construção de políticas eficientes dedicadas a enfrentar todos os aspectos que envolvem esse problema. “Nós precisamos somar forças e nos unir. Olhar todas as questões que são causadoras da violência de forma que pudesse partir desse pressuposto políticas públicas objetivas, concretas, viáveis e que chamassem toda a sociedade a se emanar nessa questão”, foi o apelo do bispo de Lages.

Da mesma maneira, o proponente dos trabalhos ressaltou a importância de abordar o tema e colocou a instituição Câmara à disposição da sociedade para elaboração de mecanismos de enfrentamento e superação da violência. “É papel desta Casa Legislativa discutir e ampliar esses debates. Buscar caminhos para resolver os problemas da violência, especialmente para o nosso município”, assentiu Savian.

Envolvimento da sociedade é fundamental para superação do problema

Outra necessidade elencada pelos especialistas convidados para a audiência seria a eficácia do trabalho em rede como uma ferramenta no enfrentamento à violência. Mais que isso, foi consenso entre os participantes que para a superação da problemática é fundamental o envolvimento de todos os setores da sociedade, estimulando no indivíduo o compromisso e a responsabilidade de cada um na preservação dos direitos das pessoas e na construção de uma cultura de paz na sociedade. “Precisamos de uma rede de educação e proteção. […] Temos que abordar essas temáticas em todos os locais por que a violência está em todos os lugares. Se nós queremos um mundo mais justo precisamos começar a trabalhar isso dentro da nossa casa, do nosso local de trabalho, das igrejas. A religião deve ser uma grande aliada para a construção de uma cultura de paz”, refletiu a coordenadora do Grupo de Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (Gecal), Mareli Graupe.

Também participaram das discussões o juiz da Vara da Família, Alexandre Takashima; a psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente Mulher e Idoso, Caroline Kraid Pereira; e a presidente do Centro de Direitos Humanos, Maria Aparecida da Fonseca.  Ao final, o grupo de jovens “Fraternidade Franciscana” contracenou uma peça teatral para demonstrar as formas de violência presentes na sociedade e revelar dados estatísticos sobre o mapa da violência do país.

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