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Aos 82 anos, médico atende gerações nas localidades do interior de Lages

Dr. Santos diz atender a segunda geração de algumas famílias. E não pensa em parar tão cedo.
Aos 82 anos, o médico Santos Barros Viana, de Lages (SC), trabalha todos os dias, de manhã e à tarde, desbravando as estradas rurais do interior do Município, às vezes não é fácil passar por tanta estrada, mas ressalta seu amor pela comunidade. Ele atende a população nas Unidades Básicas de Saúde e quando não tem unidade, atende na associação de moradores ou até mesmo em uma sala cedida por pacientes. Enquanto a maioria das pessoas sonha com a aposentadoria, ele não pensa em pendurar o estetoscópio.
Para Santos, já são 55 anos dedicados à medicina. O carinho da comunidade é enorme, por isso, há tantos anos atende o interior, e segundo ele “não largo da minha comunidade”. Segundo Dr. Santos, como a comunidade carinhosamente o chama, diz “Ter famílias que estão na segunda geração e continua fazendo o atendimento de todos”. “Para o médico é preciso ser útil enquanto está vivo”. “A medicina é uma maneira de ser útil”. “O médico dá a sua vida para salvar vidas”.
Desde que se formou, não parou mais.

Medicina para estar na ativa

O interior do Município entrou em sua vida depois que recebeu o convite para fazer o atendimento que ninguém quer, mas ele diz que gostou tanto que não deixou mais de atender.
Com tanto tempo dedicado à profissão, o médico acumula pacientes de várias gerações. “Faço com muito amor”. Minha clientela sabe que gosto da medicina e faço com carinho. Não me canso.
Outra dificuldade de exercer a medicina antigamente era a falta de exames complementares, diz o médico. “Enfim não era fácil, era bastante difícil. Além disso, tudo, todos os farmacêuticos da cidade faziam às vezes de médico. Antes de ir ao médico, o cidadão ia à farmácia e também à benzedeira. Quando não tinha jeito mesmo corria para o médico.”
Com o passar do tempo, o médico conta que os exames foram surgindo, como o ultrassom e tomografia e todos precisaram se atualizar para acompanhar os avanços.
Atualmente, o médico trabalha nove horas em média em seu consultório e também na Prefeitura.
Aos 82 anos, Dr. Santos lembra com carinho dos tempos de dificuldade do início da carreira. “A medicina era mais humanizada, menos exame e mais carinho.”

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