Fundado no ano de 1943 o Hospital e Maternidade Tereza Ramos tem uma história de milhares de bons serviços prestados à comunidade serrana e de outras regiões. Ninguém esperava que, de um momento para o outro, numa autêntica perseguição política, um Governador que até hoje não disse para o que veio, viesse a praticar tamanho estragado para a saúde dos lageanos e da população serrana. Carlos Moisés, numa visita a Lages, disse que se sentia um pouco lageano através de laços familiares. Imagina se não fosse. Seus familiares aqui residentes devem estar envergonhados pela atitude descabida desse parente desnaturado com a população do município.
Desmanche do HMTR
Nenhum secretário iria praticar por sua conta e risco o desmanche de um hospital e maternidade. Claro que tem as mãos do Governador Carlos Moisés. É ele que determina e orienta seu Colegiado. Portanto, com pleno conhecimento. Por outro lado, é sabido que a construção de uma nova ala no Hospital Tereza Ramos mexeu com os brios de muita gente. Como, além do Governador, também de deputados, muitos prefeitos, e políticos de várias siglas partidárias, inclusive de senador da República. Assim que, não é apenas o HTR que querem colocar na banca rota. Se depender da vontade do Governador e de alguns políticos, Lages vai ficar sem algumas instituições públicas. Em se tratando do Hospital e Maternidade Tereza Ramos de Lages, vale lembrar que tudo começou no dia numa reunião convocada pelo secretário estadual da Saúde Helton de Souza Zeferino e realizada no dia 31 de julho de 2019 em seu Gabinete. Segundo o titular da Pasta, o tal Zeferino, “em comum acordo com integrantes de áreas técnicas dos serviços de saúde da secretaria, com o objetivo de deliberar alternativas para a ampliação da assistência, abertura de leitos e desenvolver maior agilidade no atendimento nas emergências dos hospitais próprios, foram abordados algumas possibilidade pertinentes, visando diligenciar a demanda de modo célere e efetivo. Dentre elas, houve a projeção de utilizar os equipamentos médico-hospitalares alocados no Hospital Tereza Ramos de Lages, os quais estão disponíveis, contudo sem função, haja vista a paralisação temporária das obras daquele nosocômio, motivada pela auditoria externa a ser instruída para averiguar possíveis irregularidades ocorridas no percurso dos trâmites, acerca das aquisições e edificações efetuadas, pertinentes do projeto inicial concebido para aquela região”, é o que consta em documento sobre o resultado daquela fatídica reunião.
Falta de respeito
Diante disso, o “ilustre” titular da Pasta da Saúde do Estado de Santa Catarina, Helton de Souza Zeferino, determinou o desmanche do HTR de Lages. A desculpa é de que “diante da proposta lançada, o secretário da Saúde estabeleceu alguns requisitos a serem apresentados e cumpridos, para posterior viabilidade do remanejamento proposto, os quais obtiveram os seguintes resultados: móveis, equipamentos e utensílios foram destinados ao Hospital Geral de Celso Ramos, Hospital Santa Tereza, Hospital Doutor Waldomiro Colautti, e Hospital Regional de São José. Na verdade, o estrago para Lages foi grande. O que causa espanto é saber que as autoridades locais permaneceram caladas diante da agressiva e desrespeitosa atitude do secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina para a população de Lages e da Região Serrana. Um verdadeiro descaso para uma instituição que ao longo de mais de meio século de atividades ininterruptas salvou vidas e atendeu a milhares de pacientes oriundos dos mais distantes quadrantes de Santa Catarina. O Senhor Zeferino deve uma explicação a Lages. O Governador Carlos Moisés mais ainda.
O que disse a assessoria de comunicação da secretária de Saúde
A Secretaria de Estado de Saúde esclarece que não há nenhum movimento para retirada de equipamentos do Hospital Tereza Ramos, em Lages. Os atendimentos estão sendo realizados normalmente.