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Estiagem pode obrigar Capão Alto a decretar situação de emergência

Atravessando uma estiagem que dura quase três meses, Capão Alto começa a contabilizar os prejuízos pela falta de chuva. O prefeito Tito Pereira Freitas e o Secretário de Indústria, Comércio, Infraestrutura, Turismo e Coordenador da Defesa Civil, Alexsandro Madruga dos Santos saíram à campo nesta quinta-feira (12), para verificar pessoalmente a situação nas propriedades.


De acordo com o prefeito Tito Pereira Freitas, a escassez de água para pecuária e agricultura, tem sido o maior problema até agora. “Se perdurar a falta de chuva pode começar a morrer animais. Se percebe que o gado não está se afastando dos bebedouros, porque a pastagem está ressecada. E os reservatórios para os animais estão secando muito depressa”, disse o prefeito.
Nos últimos dias, as máquinas da prefeitura trabalharam intensamente na abertura de bebedouros aos animais. Há quase uma centena de novos pedidos de abertura de bebedouros e partir da próxima, as máquinas da prefeitura param de trabalhar nas estradas para se dedicar exclusivamente aos pedidos dos agricultores.


Outra medida que está sendo estudada em Capão Alto é o decreto de situação de emergência. As perdas nas lavouras podem passar de 50%, especialmente nas culturas do milho e feijão. Um dos reflexos da quebra de produção será no movimento econômico de Capão Alto que pode passar dos R$ 20 milhões. O que impactaria diretamente no retorno de ICMS do município.
Segundo Alex Madruga, no perímetro urbano o abastecimento está mantido, porque a capitação da água é de poço artesiano. “O problema é nas mais de 15 localidades de interior, onde está 70% da população e um plantel de ao menos 40 mil cabeças de gado”, afirma o Coordenador da Defesa Civil.
Quarto maior município de Santa Catarina em extensão territorial com mais de 1.300 Km², Capão Alto vai perdendo a cada dia sem chuva, parte da produção agrícola nos mais de 10 mil hectares de lavouras cultivadas em toda extensão do município. A estiagem obriga a prefeitura a colocar as quatro retroescavadeiras da frota na abertura de bebedouros aos animais. E mais duas serão contratadas para atender a demanda de pedidos que é crescente.

Amures/Oneris Lopes

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