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Em Lages, Semana da Conciliação passa dos R$ 200 mil em negociação

O período entre os dias 4 e 8 de novembro foi marcado pelas possibilidades de resolver conflitos por meio do diálogo. Na Semana Nacional da Conciliação, campanha que chegou a 14ª edição, o Juizado Especial Cível da comarca de Lages alcançou 100% de acordo entre aqueles devedores que participaram das audiências de conciliação relacionadas à cobrança. No total, os valores negociados ultrapassaram os R$ 200 mil, considerando dívidas entre R$ 100 e R$ 17 mil.

Nessa mobilização participaram oito estabelecimentos comerciais que estão inseridos no projeto-piloto de Juizado Empresarial da comarca. Na pauta teve, ainda, pessoas físicas buscando acordo. O juiz Silvio Orsatto conta que a maioria tinha essas cobranças como perdidas. “As empresas estavam muito acessíveis e deram a oportunidade de negociação com parcelamento da dívida conforme as condições de cada um. Algumas passam por dificuldades financeiras e terão um fôlego com o crédito obtido. Foi um ótimo evento”, avalia o magistrado.

A maioria das audiências foi feita nas salas do Fórum Nereu Ramos com o auxílio de conciliadores da Justiça, voluntários e servidores do Procon local. Houve também acertos feitos por telefone, em casos em que a parte devedora não pode comparecer pessoalmente na audiência.

Advogado de uma das participantes, Gean Antunes Bueno reforça a importância da Semana da Conciliação. “Temos muita inadimplência no comércio local. A campanha só veio a agregar porque irá contribuir com o fluxo de caixa da empresa. Pretendemos continuar com esse trabalho em 2020”.

Para a procuradora de outras empresas, Faline Machado Pinto, a recuperação do crédito feito pelo Juizado Especial Cível é benéfico para o empresário. “Existem vários procedimentos e formas de cobrança, mas nenhuma delas é tão eficaz e eficiente no resultado quanto uma intimação judicial. Está fazendo muita diferença os acordos obtidos aqui”.

Quem está em débito concorda. Com uma dívida de mais dois anos, uma mulher que comprou em loja de vestuário não sabia da possibilidade de conversar e negociar os valores. “Saio daqui muito mais tranquila, pois consegui parcelar o que devo conforme posso pagar”.

Taina Borges/NCI/TJSC – comarca de Lages

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